Paz, uma palavra
proclamada aos quatro cantos da terra, em todas as línguas, tribos e
nações. É almejada por todos os seres
humanos, sendo que muitos tentam alcança-la pela força, através das
guerras, como por exemplo, os líderes da maioria das nações, que estão sempre
preocupados com o poder bélico, mesmo quando pregam paz. Porém a verdadeira
paz, que deve estar abrigada nos corações,
para que daí flua e alcance aos que estiverem ao redor, não é tão comum assim. Na maior parte das vezes, a paz não passa de
um belo substantivo abstrato, empregado em discursos, canções, prosas, versos e nas manifestações contra os vários tipos
de violência presentes na maior parte dos relacionamentos humanos.
Mas há um tipo de paz que
é prometida por Deus, que permeia
toda a sua palavra, e que vai além de um
sentimento de calma, e tranquilidade. Essa paz que vem do Senhor, é um dom espiritual
concedido aos que são filhos de Deus, e
que não andam segundo a vontade da carne, mas segundo o Espírito. Jesus deixou claro essa verdade quando disse:
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou (João 14:27). Mas há uma outra passagem nos evangelhos que
nos revela quão profunda e espiritual é essa paz. Em Lucas 10:5,6, quando Jesus fala para os seus
discípulos: Em
qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: Paz seja com esta casa. E se
ali houver um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e se não, voltará
para vós. Esse versículo nos ensina que a paz que o Senhor
nos da, pode ser ministrada à outras vidas. Ele disse que a nossa
paz repousará sobre os filhos da paz, ou voltará para nós, portanto ele não está falando apenas de um
sentimento, ou de um estado momentâneo de espírito. É muito importante
conhecermos essa verdade, já que habitamos um mundo sem paz, que por qualquer
motivo banal já se promove a guerra.
Vivemos dias bastante semelhantes ao que o salmista descreve: Há muito que eu
habito com aqueles que odeiam a paz. Eu
sou pela paz; mas quando falo, eles são pela guerra (Salmo 120:5,6).
Tenho aprendido que podemos mudar situações do nosso dia a dia, usando esse
conhecimento, e pela fé, ministrar essa paz que
recebemos do Senhor. Sempre que houver uma situação
de conflito, seja em nossa casa, com nossos filhos, cônjuges, irmãos, na empresa na
qual trabalhamos, na escola, na universidade, enfim, aonde houver a ação do
inimigo, utilizando vidas para nos atribular,
podemos, pela fé estabelecer a paz, que repousará sobre naqueles que forem
“filhos da paz”, ainda que não
tenham chegado ao conhecimento do evangelho da paz, serão alcançados pelo
Espírito Santo, e na paz deles, nós teremos paz (Jeremias 29:7).
E por que a nossa paz repousará sómente sobre os filhos da
paz? Porque nem todos podem receber a
paz do Senhor. A paz que o mundo oferece
para os seus seguidores é totalmente diferente da paz promovida pela palavra de Deus em nós. Para os filhos do mundo, paz é a total ausência de guerra, e de
conflitos; é na verdade a conquista da plena vontade e do conforto carnal. Podemos inclusive, colocar em dúvida se esse estado de espírito é
mesmo paz, pois em Isaías 48:22 / 57:21,
o Senhor afirma que o ímpio não tem paz.
Assim concluímos que o mundo não pode obter a verdadeira paz, porque não conhece o caminho da paz (Romanos
3:17), vive longe de Deus, que é em si
próprio a essência da paz, tanto que um
dos nomes de redenção de Deus é Jeová Shalom,
“O Senhor nossa paz”(Juízes 6:23,24), e Jesus é chamado o “Príncipe da
paz” (Isaías 9:6), que levou sobre si, o castigo que nos traz a paz (Isaías
53:5). Jesus através da cruz, nos justificou e nos
reconciliou com o pai, e fez com que voltássemos a ter paz com Deus (Romanos
5:1).
Mas será que temos vivido plenamente essa paz que vem do Senhor? Uma paz
que é tão marcante ao ponto de Jesus dormir em meio a tempestade, e
Paulo e Silas cantarem louvores quando estavam trancafiados em um cárcere (Atos 16:25). Será
que podemos viver essa paz nos dias
atuais, diante dos contextos da vida moderna, tão conturbada? Satanás investe pesado usando situações e pessoas
para atormentar e tirar a paz dos filhos de Deus. Levanta mensageiros para alfinetá-los tão
seguidamente, que muitos terminam se esquecendo a qual Espírito pertencem, e
acabam aderindo a guerra sugerida pelo diabo.
Minando a nossa paz, ele aos poucos vai infiltrando a angústia na nossa alma, a tribulação na mente, até tornar inoperante o poder do Espírito Santo. Então ele
conclui sua ciranda acrescentando depressões e muitas doenças psicossomáticas,
que escraviza o cristão, que ainda que não perca a salvação, viverá de maneira
infrutífera e infeliz, e sem a maravilhosa paz do Senhor, que é um direito nosso.
Eu estou certa que o alvo de satanás para nos tirar a paz, é a nossa mente ou a nossa alma que é o lugar
das nossas emoções, do nosso entendimento, das nossas decisões. Algumas pessoas ficam tão reféns do inimigo
nessa área que perdem o controle sobre os próprios pensamentos. Passam a ter constantemente a mente
atribulada por pensamentos teatrais. Trazem o passado de volta, dramatizam
desejos de vingança, e até acreditam que seria assim a justiça de Deus em seu favor. Alguns até
se tornam assassinos, quando dão liberdade aos pensamentos e imaginam um fim
cruel e dramático para os seus inimigos. Jesus disse que aqueles que desejarem uma
mulher apenas no pensamento, já cometeu adultério, certamente também os que imaginam a morte para alguém,
se fazem assassinos diante de Deus. (Mateus 5:28).
Portanto nós somos responsáveis pelos nossos pensamentos de
guerra ou de paz, e devemos vigiar
constantemente contra o lixo que satanás lança em nossas mentes. Precisamos adquirir o habito de conversar com
a nossa alma, deixando sempre bem claro
a nossa escolha, em relação aos nossos pensamentos, que devem ser em conformidade com a palavra de Deus. Por exemplo: O diabo
traz a nossa memória a ofensa que alguém cometeu contra nós, e logo ativa a
autocomiseração para nos levar a dramatizar todo aquele sofrimento, e a pensar em
uma maneira de punição contra aquela vida, que deixe bem claro que Deus agiu em
nosso favor. Devemos imediatamente falar
para nossa alma: Não. Eu não quero mais
pensar nesse assunto. Eu já perdoei essa vida e a liberei para ser abençoada,
inclusive com a salvação. Quando agimos assim, estamos estabelecendo nosso
posicionamento segundo a palavra para com a nossa própria alma, que é o poder da
carne, que opera em nós, e que se opõe contra o Espírito. Jesus disse que a carne é fraca. Ela é inclinada para as coisas do mundo,
e deve ser submetida, por nós, ao poder
do espírito, que está pronto, livre do pecado, que é a nossa parte que se comunica com Deus (Mateus 26:41). Jesus nos
mandou orar e vigiar, porque é exatamente em nossa mente que satanás trabalha, aproveitando-se dessa nossa fraqueza carnal, mas podemos vence-lo pelo poder da cruz, e do sangue de Jesus, que nos
capacitou a resistir ao diabo e nos deu autoridade para
pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada nos fará
dano algum (Lucas 10:19).
Portanto para termos uma paz perfeita, necessitamos ser mais
que ouvintes da palavra de Deus, devemos ser praticantes, e submetermos as nossas
mentes e as nossas emoções ao “está
escrito”, sempre resistindo ao poder maligno, sabendo que
não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados,
contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as
hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes (Efésio 6:12). São esses poderes que investem na tentativa
de arrebatar a nossa paz, mas satanás só estabelece seu domínio, aonde não
encontra resistência fiada no poder do nome de Jesus. Mas se a nossa alma estiver cheia
da palavra e do poder de Deus, com certeza também a paz do Senhor que excede
todo entendimento, será abundante em nosso interior (Filipenses 4:7). E ainda que estejamos em meio a
lutas, essa paz guardará os nossos
pensamentos da ação maligna e alcançará os filhos da paz que estiverem ao nosso redor.
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